Número total de visualizações de páginas

17/11/2015

nada

oh morrer

não sei se será possível, quando morra,
voltar para ver quem ficou com as minhas roupas

quem ficou com as memórias
do meu suor transcendente

de tentar ser feliz,
sem nunca saber como

lutar contra o mar, mas
apaixonar-me por ele.

que, quando morra, a minha campa
seja decorada de conchas:

nada é mais eterno que as ondas...
e o meu peito é água.